segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Filmes


Um Conto de Natal, uma das obras mais conhecida de Charles Dickens, já ganhou dezenas de adaptações para as telas. O texto de 1843 virou filme, um curta-metragem, pela primeira vez logo na aurora do cinema, em 1910, pela Edison Manufacturing Company.

Desde então, o conto teve as mais diversas interpretações. Dos Muppets a Bill Murray, passando por Tio Patinhas e Matthew McConaughey, o velho Scrooge ganhou versões em todos os gêneros e com maior ou menor grau de fidelidade ao original. Dessa forma, o clássico natalino avança através das eras. Do cinema mudo e preto e branco, ganhou som, depois cor, efeitos especiais... e na mais avançada tecnologia disponível no mercado, o 3-D estereoscópico com captura de movimentos e projeção em IMAX.

Robert Zemeckis, que já explorou essa tecnologia toda em O Expresso Polar e a aperfeiçoou em A Lenda de Beowulf, agora atinge pleno domínio da técnica. Mas ainda que Um Conto de Natal tenha virado o high-tech Os Fantasmas de Scrooge, ele mantém todo o teor melodramático do original.

A história é a velha conhecida de sempre. O velhote avarento Ebenezer Scrooge trata mal os empregados e a pouca família que tem, já que considera o Natal uma festa sem sentido. Mas na véspera da festividade é visitado pelo fantasma de seu velho sócio, que avisa: ele será visitado por três outros fantasmas que lhe mostrarão os Natais passados, o Natal presente e os Natais vindouros. E Scrooge embarca em uma jornada sobrenatural para aprender o significado da família, amigos e da compaixão.

A marca Walt Disney Company que estampa o filme e a contratação de Jim Carrey para dublar e interpretar Scrooge e todos os fantasmas, podem até prenunciar um filme leve, familiar. Mas o resultado é sombrio, dramático e assombroso em diversos momentos.

Claro, Zemeckis insere elementos aventurescos na produção - como os alucinados travelings aéreos a cada vez que um fantasma apanha o pobre Scrooge pela mão ou algumas perseguições cheias de suspense, mas isso é pura pirotecnica. É no drama que o filme se sustenta.

Definitivamente não é uma história para crianças. Há sustos, muita vertigem e lamentação.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012